Atualmente na cidade de Florianópolis existem três bens tombados como patrimônio nacional associados ao artista florianopolitano Victor Meirelles, uma de suas pinturas (“Vista da baía sul do Desterro, tirada do adro da Igreja do Rosário e São Benedito”), a casa onde o pintor nasceu e o museu que nela foi instalado em 1952. Nascido na antiga Nossa Senhora do Desterro em 1832, Victor Meirelles de Lima se formou pela Academia de Belas Artes, sendo largamente reconhecido por seu trabalho artístico, suas pinturas ganharam diversos prêmios ao longo dos anos.
O Museu Victor Meirelles que normalmente existe na antiga residência de Meirelles localizada na esquina das ruas Saldanha Marinho e Victor Meirelles, atualmente se encontra-se abrigado em outra construção, localizada na rua Rafael Bandeira, ainda no centro da cidade, por conta das obras de restauração e expansão pelas quais a casa passa no momento. No museu ficam expostas e abrigadas várias das pinturas de Victor Meirelles, assim como obras de outros artistas, muitas das quais retratam momentos da história brasileira de diferentes períodos. Também neste mesmo museu se encontra uma grande biblioteca (Biblioteca Alcídio Mafra de Souza) e uma videoteca que inclui documentários sobre a vida do pintor.
Giovanna Poscai, 2017
O Museu Victor Meirelles é um bem museológico localizado na Rua Victor Meirelles, 59 – Centro, no município de FlorianópoliS. Coordenadas: -27.597692, -48.548908.
O Museu Victor Meirelles está instalado desde 1952 na casa onde o artista nasceu no Centro de Florianópolis. No ano de 1945, Rodrigo Mello Franco de Andrade, criador do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) (atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)), dedicou-se a implementação do Museu Victor Meirelles, sendo que um ano depois, em 1946, Eurico Gaspar Dutra assinou o decreto que autorizava a aquisição da propriedade da União. A administração do Museu Victor Meirelles é pública federal. O acervo consiste de duas grandes coleções: a coleção de Victor Meirelles, formada pelas pinturas de autoria do artista, bem como a de seus professores e alunos (cessão do Museus Nacional de Belas Artes-RJ. A coleção XX e XXI, por sua vez, é composta por trabalhos de artistas modernos e contemporâneos, a partir da abordagem da história da arte brasileira e estrangeira, entre pinturas, desenhos, gravuras, videoarte, fotografias, etc., todos doados ao Museu Victor Meirelles. Ainda, o Museu possui uma biblioteca (Biblioteca Alcídio Mafra de Souza) voltada especialmente para as áreas de arte, arte-educação, arquitetura, patrimônio, museologia e conservação, com mais de 1.600 títulos à disposição do público para consulta local. Por último, o Museu Victor Meirelles é equipado com uma videoteca na qual se pode ter acesso a documentário e produções em vídeo em geral acerca do artista catarinense.
Quanto às condições de uso: Horário de visitação: terça à sexta-feira, das 10h às 18h
Referências consultadas: Sítio eletrônico do Museu Victor Meirelles. Disponível em: . Data de acesso: 29/03/2012.Sítio eletrônico do Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina – SEM-SC. Disponível em: . Data de acesso: 05/03/2012.
Dados sistematizados por Carolina Ferreira de Figueiredo (UDESC) – 28/03/2012.
A Casa Natal de Victor Meirelles é um bem edificado localizado na Rua Victor Meirelles, 59, no município de Florianópolis. Coordenadas: -27.597967, -48.548931.
Em 1832, em 18 de agosto na cidade de Desterro, existiam 852 prédios de comércio e de moradia. Num deles, nascia Victor Meirelles de Lima, importante nome das artes plásticas. Foi adquirido pela União em 1946, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1950. Desde 1952 abriga o Museu Victor Meirelles. Em 1954 passou por obras de conservação e restauração, a cargo do IPHAN. Entre 1991 e 1992, passou por novas obras de restauração e conservação. Sobrado de esquina, construção colonial, planta regular. Telhas em forma de ave nos ângulos externos. No térreo, destinado primitivamente ao uso comercial, se encontra um amplo salão em dois níveis, um que dá acesso ao nível superior e mais uma dependência aos fundos. Nesse pavimento se encontra portas em madeira com verga em curvas. No piso superior, destinado ao uso familiar e social, amplo salão e duas salas.
Bem tombado em nível federal. Processo nº 0362-T-44. Inscrição 264, Livro Histórico. Data: 30 de janeiro de 1950. Quanto às condições de uso: Conservado. Abriga o Museu Victor Meirelles.
Referências consultadas: Guia dos Bens Tombados, Santa Catarina/ Alcídio Mafra de Souza – Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1992.
Dados sistematizados por Thayná Schlichting de Souza – UDESC – 16/09/2014.
A Obra pictórica: “Vista da baía sul do Desterro, tirada do adro da Igreja do Rosário e São Benedito”, de Victor Meirelles é um bem artístico localizado no/a Rua Victor Meirelles, 59, no município de Florianópolis, SC. Coordenadas: -27.598006, -48.549048
Foi por muito tempo considerada obra de um autor anônimo, pintada também em época ignorada. Osvaldo Rodrigues Cabral, historiador catarinense, suspeitava que o autor fosse Victor Meirelles, mas como estava mal conservado e em uma localização difícil, não se permitia que fizesse um exame melhor da obra. Em 1985, foi levada ao Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, para ser restaurada. Em junho do mesmo ano, foi provado que era de Victor Meirelles, provavelmente realizada em 1847. É ignorado quando a obra passou a ser propriedade da Irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Após sua restauração, se encontra em exposição permanente no Museu Casa de Vitor Meirelles. Representa a vista da baía Sul de Florianópolis, tomada do adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Apresenta um panorama do que era a Nossa Senhora do Desterro, capital da Província de Santa Catarina, em meados do século XIX. Se destacam a Catedral, o casario do antigo Centro Histórico e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Embarcações no porto ao fundo, com destaque ao Morro do Cambirela.
Bem tombado em nível federal. Processo 1181-T-85. Inscrição nº 576, Livro Arqueológico de Belas Artes. Data 16 de abril de 1986. Quanto às condições de uso: Conservado.
Referências consultadas: Guia dos bens tombados, Santa Catarina/Alcídio Mafra de Souza – Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1992.
Dados sistematizados por Thayná Schlichting de Souza – UDESC – 21/09/2014 e revisados por Janice Gonçalves (coordenadora do SPECULA/UDESC).