O Museu da Família Colonial é um bem museológico localizado na Alameda Duque de Caxias, 78, Centro, no município de Blumenau. Coordenadas: -26.922159, -49.057647.
A atual sede do Museu da Família Colonial se situa em três casas enxaimel. A primeira a integrar o museu foi construída em 1864, num dos primeiros lotes demarcados da Colônia Blumenau. A casa serviria de residência a Victor Gaertner, comerciante e cônsul da Alemanha e sobrinho de Hermann Blumenau. Pertenceu à família Gaertner até 1952, quando Edith, filha de Victor, doou a casa ao município, nela permanecendo até sua morte, em 1967. Em 1997 foi incorporada ao Museu a Residência Dietrich, que no ano de 1964 também foi doada para a municipalidade por sua última moradora, Renate Rohkohl Dietrich, que nela permaneceu até sua morte, em 1997. Junto com a residência sede do Museu, a Residência Dietrich é a casa enxaimel mais antiga da área urbana de Blumenau: foi construída em 1858 para servir de residência a Hermann Wendebur, que foi vice-diretor da Colônia e guarda-livros de Hermann Blumenau; após seu falecimento a casa foi adquirida pela família de Renate Dietrich, sua última herdeira. Uma terceira casa compõe o Museu: de construção mais recente, é de 1920 e foi residência de um dos irmãos de Edith Gaertner, Reinoldo Gaertner. Atualmente, os 1775m² do local comportam horto, biblioteca, Arquivo Histórico e Museu. Localizadas na Alameda Duque de Caxias, também conhecida como “Rua das Palmeiras”, as duas residências mais antigas são casas enxaimel geminadas, que formam uma fachada única, próxima ao alinhamento da rua (Foto 1). As casas têm plantas retangulares iguais e ambas são de alvenaria de tijolos aparentes; suas aberturas na fachada principal também se igualam: quatro janelas com a porta no meio. A casa de 1858 se destaca pela mansarda, varanda frontal e pelas aberturas do porão, não existentes na casa de 1864. A casa de 1920, que fica nos fundos, foi construída em alvenaria de tijolos maciços e é rebocada; além disso, se diferencia das outras pela cor clara. As casas geminadas são exemplo único de implantação urbana nos tempos da Colônia Blumenau, em contraste com a área rural, onde as edificações se distribuíam em sequências esparsas ao longo dos caminhos. Próximo às antigas residências há o “Parque da Família Colonial”, uma área de 1.775 metros quadrados; na doação da Casa Victor Gaertner, Edith Gaertner indicou que o parque deveria ser preservado. O acervo do Museu conta com 1500 peças, entre elas doações ou heranças de objetos em geral que remetem à vida dos primeiros colonizadores alemães na cidade.
Bem tombado em nível estadual (Decreto nº 1.294 de 29 de outubro de 1996). Quanto às condições de uso: Com as enchentes de 1983 e 1984 o conjunto passou por trabalhos de restauração; também houve restauração em 2001. Atualmente as casas estão bem conservadas. O Museu é aberto à visitação, com visitas guiadas e exposições.
Referências consultadas: Processo de tombamento estadual do conjunto da antiga Prefeitura de Blumenau (Processo nº 15/92, Protocolo FCC 222/968). Arquivo da Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura.Sítio eletrônico Blumenau On line: http://www.blumenauonline.com.br/. Acesso em 22 nov. 2011.Sítio eletrônico da Fundação Catarinense de Cultura. Alicerces da memória: 60 bens tombados pelo Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Tempo Ed., 2003.Sítio eletrônico da Fundação Catarinense de Cultura: http://www.fcc.sc.gov.br/patrimoniocultural Acesso em 22 nov. 2011.Sítio eletrônico da Prefeitura Municipal de Blumenau: http://www.blumenau.sc.gov.br/. Acesso em 22 nov. 2011.Sítio eletrônico SC Radar Sul: http://www.santacatarina.radarsul.com.br/blumenau/museu-familia-colonial.asp. Acesso em 22 nov. 2011.SOUZA, Alcídio Mafra de. Guia dos bens tombados – Santa Catarina. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1992.
Dados sistematizados por Elisa Freitas Schemes (colaboradora do SPECULA), 10/05/2009, atualizados por Débora Garcia Mortimer (UDESC), 22/11/2011 e Fernanda Schröter Freitas – 08/04/17. e revisados por Janice Gonçalves (coordenadora do SPECULA/UDESC), 13/06/2009 e 10/12/2011.